Livro Recorda os Vestidos que Mudaram o Mundo!

O Eterno Gyvenchi

O Museu do Design de Londres publica um livro com os cinqüenta vestidos mais iconográficos da história na moda!

Na capa do livro "Cinquenta vestidos que mudaram o mundo" a chiquérrima Audrey Hepburn, de franja curta e cabelo armado numa tiara, aparece vestida com o famoso básico da Givenchy. Quem não se lembra desta imagem que imortalizou a atriz e o filme "Breakfast at Tiffany´s" de Blake Eduards, com argumento de Truman Capote?

Do cinema, às passereles, ou mesmo às ruas das grandes metrópoles, houve um vestido que rasgou o seu tempo e transformou-se num ícone. É sobre eles que nos fala este livro, também ele um objeto de design.

Por Ana Soromenho

Fonte:www.aeiou.expresso.pt/texto/imagem

A Duquesa e a Revolução


"Ela é uma de nós", disse a Rainha Mãe à sua filha Rainha Elizabeth II do Reino Unido, após terem sido apresentadas a Audrey Hepburn. De onde vem a realeza? Tanto por sua delicadeza quanto pelo sangue azul. O Rei Eduardo III da Inglaterra e o conde de Bothswell, James Hepburn (terceiro marido de Mary, Rainha dos Escoceses) estão entre os nomes mais conhecidos da linhagem de Audrey Hepburn. Por causa desses antepassados, a atriz tinha como parentes distantes Katherine Hepburn, Humphrey Bogart e o próprio príncipe Rainier III de Mônaco.

Sua juventude, no entanto, passou longe de mansões, vestidos de organza e chá importado da Inglaterra, onde nascera. Após ter sofrido com o abandono de seu pai, aos seis anos, Audrey se mudou para Arnhem, na Holanda para viver com a família materna e onde também passou por anos de muita privação durante a Segunda Guerra. Em 1940, Audrey testemunhou a invasão alemã ao país, o confisco de todos os seus bens e o fuzilamento de um tio e um primo. Um de seus dois meio-irmãos, filhos do primeiro casamento de sua mãe, foi levado para um campo de concentração na Alemanha. Para ajudar a Resistência Holandesa, a bailarina chegou a se apresentar algumas vezes para platéias assustadas, silenciosas e sofridas, para arrecadar fundos. "A melhor audiência que tive em toda minha carreira não fazia um único som ao término de minhas performances", dizia Audrey Hepburn.

A comida se tornou tão escassa que quem comesse mais do que 200 calorias diárias era considerado um favorecido. Desnutrida, Audrey chegou a ficar entre a vida e a morte por causa da fome, com sintomas de anemia, asma e edemas pelos olhos e corpo. Quando não dormia para poupar as forças, a jovem desenhava sempre que sentia o desespero subir-lhe à cabeça e, assim, esquecia de toda realidade expressando o que lhe vinha no íntimo. "Eu tenho memórias", declarou a atriz uma vez.

Ao término da guerra, ela estava então com 16 anos e sentiu-se tão aliviada que chegou a engordar quase 20 quilos com a possibilidade de simplesmente poder comer. Os duros anos de fome, miséria, violência e grandes demonstrações de coragem lhe fizeram ver a frágil condição humana neste planeta e lhe impulsionaram para participar de missões da ONU em países arrasados pela desnutrição infantil como Etiópia, Somália e Bangladesh. Nos anos 80, ganhou a honra de se tornar embaixatriz da Unicef e lutou até morrer pelas famintas crianças que sofriam as consequências de guerras travadas por aqueles que jamais sofrerão as privações de uma delas.

Fontes:
www.msn.bolsademulher.com/texto
www.peoplequiz.com/imagem

Todo Esplendor de Audrey Hepburn

Audrey Hepburn

Nova York ainda estava mergulhada no silêncio das primeiras horas de um dia de outono. Em pleno coração da ilha de Manhattan, na esquina da Rua 57 com a Quinta Avenida, um táxi encosta na calçada deserta e dele salta uma mulher delgada e finamente trajada. Vinha de luvas e longo pretos, sapatos de couro de jacaré, pérolas sobre o colo estreito, uma tiara de brilhantes a coroar-lhe o coque no alto da cabeça e óculos escuros para que o sol que começara a tocar o topo dos prédios não incomodasse sua vista acostumada com a madrugada. Parou e olhou fixamente a vitrine daquele endereço: uma coleção de diamantes Tiffany estava exposta ali.

Com uma destreza e segurança que só as muito bem treinadas damas da realeza possuem, a bela figura tira da sacola que trazia no braço um pãozinho e sorve alguns goles do café do copo de isopor que levava à mão. A cena não dura mais que alguns minutinhos, mas nenhuma mulher, depois de assisti-la no filme "Bonequinha de Luxo" (Breakfast at Tiffany's), teve dúvidas de que Audrey Hepburn poderia representar o ideal da feminilidade.

O editor da revista americana Time nas décadas de 80 e 90, Joe Ferrer, uma vez escreveu sobre Audrey Hepburn: "Radiante é a palavra. Ela era uma pessoa excepcional, gentil, abnegada, preocupada (com as causas sociais) e forte. Ela era a pessoa que você desejaria ser - uma pessoa que, até onde pude conhecer até agora, era ainda melhor do que aparentava".

Todo Esplendor

Nos 40 anos de vida pública, entre as manchetes dos "faz-de-conta" de Hollywood e a dura realidade da Somália, onde desenvolveu trabalhos humanitários em nome da Unicef, Audrey parece ter sido uma emissária de um mundo melhor que o nosso. Um lugar de graça e seriedade, de glamour e amor ao próximo, de charme e muita discrição quanto à sua intimidade: no universo de Audrey, a mulher deve ter consciência de seu esplendor sem ser tiranizada por sua beleza. E talvez esse tenha sido seu segredo.

Fontes:
www.msn.bolsademulher.com/texto
www.realissimum.wordpress.com/imagem
 
Breakfast With Audrey Hepburn © 2011 | Designed by Ibu Hamil, in collaboration with Uncharted 3 News, MW3 Clans and Black Ops