A inesquecível Sabrina, com sua elegância e generosidade naturais, viveu mais de 30 anos nos arredores de Lausannena na Suiça, em charmoso vilarejo com vista para o lago.
Um lugar sossegado
Na década de 50 a atriz atinge o ápice da carreira, sendo muito solicitada para filmagens. Em 1966, decide instalar-se com sua família em Tolochenaz, vilarejo próximo de Lausanne, no sudoeste suíço.
Para Audrey, a família é o mais importante: e justamente porque sua infância foi infeliz, deseja dar a seu filho toda a serenidade que lhe faltou nessa fase da vida. Em 1966, Sean tem seis anos e deve freqüentar a escola. Não pode mais acompanhá-la nos giros pelo mundo.
A atriz interrompe, então, sua carreira por dez anos para ocupar-se dele e do marido.
Mel Ferrer é, porém, uma pessoa difícil, impedindo o bom relacionamento do casal. Audrey passa na época por freqüentes depressões. O casamento desaba.
A diva e a mulher
A biografia escrita pelo filho, Sean Ferrer, realça a dicotomia entre a imagem cintilante da diva, e a da mulher sempre em busca, nas relações com o parceiro, do amor que lhe fora negado pelo pai, que a abandonara na infância.
Em 1968, a atriz inicia amizade com o psiquiatra italiano, Andréa Dotti, com quem se casa no ano seguinte, na Suíça. Nasce o segundo filho, Luca. Mas esse casamento também termina em divórcio.
Só em 1980, Audrey Hepburn encontra Robert Wolders, um marido mais adequado a seu caráter.
Descrita pelo filho Sean como uma pessoa humilde, Audrey Hepburn encontra na Suíça a segurança de que precisava, apreciando no país a paz e a possibilidade de viver uma vida normal.
Educa os filhos longe dos excessos do mundo do espetáculo, faz compra nos mercados e lojas sem ser importunada pelos paparazzi, passeia com seus adorados cães e pode cumprimentar os habitantes do vilarejo com toda simplicidade.
O anjo das crianças necessitadas
Levada pelo destino, nos últimos anos de vida ocupa-se de crianças famintas, como embaixadora do UNICEF (órgão da ONU pela criança).
Na função de embaixadora da UNICEF, Audrey realiza nos últimos cinco anos de vida mais de 50 viagens: Sudão, El Salvador, Vietnã, Etiópia, Somália.
Depois de sua morte em 1993, os filhos e Robert Wolders criam uma fundação em sua memória, entidade que recolhe fundos para programas educativos na África.
Um museu em Tolochenaz, onde Audrey Hepburn está enterrada, contribui também para a causa à qual a atriz mais se empenhou, destinando somas a diversos projetos humanitários."É talvez a pessoa mais amável que tenha encontrado. É minha deusa."Fred Astaire
swissinfo, Raffaella Rossello
(Tradução de J.Gabriel Barbosa)
Fonte:www.swissinfo.ch
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